Linguagem coloquial, popular, formal, informal
Observe
como a questão da adequação linguística já foi abordada na prova
de Linguagens e Códigos do Enem:
Questão
127, Enem 2010 (Abordagem sobre a norma culta)
Venho
solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja
conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da
juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao
movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças,
atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se
levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte
violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico de suas
funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao
que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada
menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também
já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um
ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns
200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados
da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão
presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos
rudes e extravagantes.
Coluna
Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.
O
trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José
Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da
República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de
Fuzueira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem
a)
regional, adequada à troca de informações na situação
apresentada.
b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.
b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.
Questão
106, Enem 2013:
(Abordagem
sobre a norma popular)
Até
quando?
Não
adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio
de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As
escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto:
a)
caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.
Questão
127
Gabarito:
Alternativa “d”.
Comentário
da questão:
O
texto é elaborado em linguagem culta, já que se trata de uma carta
dirigida ao Presidente da República. Vemos, assim que a finalidade
do texto justifica a escolha da linguagem.
Questão
106
Gabarito:
Alternativa “d”.
Comentário
da questão:
A linguagem coloquial é mais espontânea. Essa característica é
percebida também nas músicas de rap.
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