O USO
DOS PORQUÊS
Tenho visto
alguns alunos com dúvidas quanto ao emprego dos porquês. Por isso
resolvi fazer uma breve explicação que irá auxiliá-los.
Não é difícil. Basta aprendermos alguns macetes. Vejam:
- 3. POR QUÊTambém significa “por qual motivo” ou “por qual razão”. No entanto, vem sempre antes de um ponto (interrogativo, exclamativo ou final)Vocês não ficaram? Por quê?4. PORQUÊÉ substantivo e significa “o motivo”, “a razão”. Vem sempre acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.Quero saber o porquê de sua demora.Diga-me um porquê para não vir me visitar.
1.
POR QUE
É
a junção da preposição “por” +
qual motivo.
Você não escreve “porqual” (junto). Esse porquê também é
muito usado em frases interrogativas.
Veja os exemplos:
Por
que não lavou a louça? (por qual motivo)
Estudo
por que um dia
serei médico. (para que)
A
vitória por que
lutamos chegará.(pela qual)
2.
PORQUE
É
conhecido como o porquê de resposta, já que pode ser
explicativo ou causal.
Quando
conseguirmos substituí-lo por “pois”, será explicativo.
Não
estudamos porque estávamos no
mercado.
Quando
conseguirmos substituí-lo por “como”, será causal.
Porque
estava nervoso, saiu de casa.
Resumindo:
- Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);
- Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;
- Por quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.
- Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.
Vejam alguns exemplos do uso dos
porquês, em um trecho do texto de Clóvis Sanches “Os porquês
do porquinho”:
(Encontrei esse texto aqui)
Aconteceu na Grécia!
Era uma vez um jovem porquinho belo
e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos
porquês da floresta. Tal porquinho, incansável em sua
busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas
perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho
todos os tipos de porquês que lhes viessem
à cabeça.
- Por que você tem listras pretas se os cavalos não as têm? - perguntava gentilmente o porquinho às zebras.
- Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as têm? - indagava às seriemas, de forma perspicaz.
- Por que isso? Por que aquilo?
Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho.
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta era sempre a mesma:
- Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida abelhinha?
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao porquê:
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia.
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.
- Por que você tem listras pretas se os cavalos não as têm? - perguntava gentilmente o porquinho às zebras.
- Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as têm? - indagava às seriemas, de forma perspicaz.
- Por que isso? Por que aquilo?
Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho.
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta era sempre a mesma:
- Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida abelhinha?
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao porquê:
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia.
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.
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